“Os super-heróis não têm necessidade de ter superpoderes para serem considerados super heróis. O objetivo dos Super-heróis é, geralmente, a defesa do bem, da paz, o combate ao crime, tomando para si a responsabilidade de ser protagonista na luta do bem contra o mal.”
A definição do Wikipédia me faz pensar que somos super-heróis um do outro. Não estamos por aí salvando o mundo, mas aquele pequeno tempo da história na qual chamamos de “nossas vidas” e que já perdemos o sentido de “da minha cuido eu” me fez pensar que você é meu Clark Kent.
Quando penso na gente, o que tira um pouco da minha atenção nas coisas rotineiras da minha vida, eu me pego com um sorriso no rosto. Hoje poderíamos estar em qualquer lugar do mundo, mas estamos aqui. Não venho para me declarar e dizer que você é o amor da minha vida. Quer dizer, pra me declarar sim, mas pra dizer que você é a amizade da minha vida (acabei de inventar esse termo, que pra mim faz todo sentido). Olhando bem no fundo da sua foto do perfil, já que a distância não permite pessoalmente, nesse momento eu viajo um pouco no tempo e revejo tudo que passamos.
2 anos. Quem imaginaria que do modo que nos conhecemos num final de feriado de junho, hoje estaríamos desse modo, quem imaginaria que todas as voltas e reviravoltas e historias e casos, hoje seriamos assim um com o outro.
O carinho que tenho por você é tão grande que às vezes confundo com amor, mesmo que o restante do mundo tenha certeza. Pobre deles que não entendem porque não estamos juntos. Mas eu explico: somos amigos demais para virarmos um casal
A nossa amizade é tão verdadeira e imensa que tem horas que nossos corpos não se contentam com um abraço de comemoração e querem mais. Somos tão unidos que qualquer vitória vira festa com direitos a fogos e caps lock ligado.
Somos tudo que os melhores amigos em qualquer lugar do mundo são. Nos conhecemos num momento qualquer, nos damos bem de cara e quisemos seguir adiante, mesmo com brigas, problemas e choro. Chegamos na fase do é amor ou amizade e ao invés de pararmos aí, colocamos nossas caras a tapa, arriscamos tudo para saber onde isso poderia nos levar, não tivemos medos, não pensamos no “e se…”, fomos realmente f*d@s.
Nos tornamos super-heróis, conquistamos o bem, defendemos a nossa paz e combatemos os nossos crimes. Quebramos regras, desbancamos os livros de auto-ajuda e conselhos de mulherzinhas.
Se nesses dois anos eu pudesse voltar ao tempo e mudar algo, a única coisa seria aumentar o tempo das viagens, das risadas, das brincadeiras, das conversas sobre coisas inúteis e filmes ruins.
E hoje se alguém perguntar “Mas você não quer namorar com ele?” eu direi “Não! Porque se ficássemos juntos dominaríamos o mundo”